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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Olivetti Studio 42



Olivetti Studio 42

Em 1935, três anos após o lançamento da MP1, primeira portátil da marca, a Olivetti fez surgir seu primeiromodelo de tamanho intermediário, a Studio 42, também conhecida como M2, projetada por Ottavio Luzzati.


Uma das máquinas mais bonitas que foram produzidas pela indústria de Ivrea, disponível em diversas cores, além do preto clássico, como o vermelho, verde, cinza, marrom, azul claro e bege.

O teclado tem o estilo antigo, com os vidros emoldurados por anéis cromados. O brilho aparece também no trilho dos tipos, que saltam aos olhos a cada batida de tecla. A tampa superior emoldura o mecanismo, cobrindo apenas as bobinas de fita. A marca 'Olivetti' se destaca no carro, em letras grandes.

Diferente das demais Studio, a mudança de maiúsculas e minúsculas não acontece com o movimento vertical do berço de tipos, mas com a elevação do carro, da mesma forma que as portáteis que seguem o padrão da Hermes Baby.

O braço da alavanca de retorno é curto. Primeiro acontece o retorno e, depois, com a pressão para a direita, o cilindro rola para a linha seguinte.

A reversão do transporte da fita não é automático. Quando a fita termina, basta acionar um botão, na lateral esquerda, para rebobinar no sentido contrário.

O estojo rígido de madeira forrada com couro ajuda a proteger a máquina dos efeitos do tempo. Fechado, com a alça em couro, lembra uma maleta antiga de viagem. Aberto, a tampa se desprende da base, que ajuda a deixar a máquina firme sobre a mesa.

A minha Studio 42

A Studio 42 foi importada pela Teconogeral S.A., de São Paulo, quando a fabricante italiana ainda não havia se estabelecido no Brasil, e enfrentava concorrentes americanos com maior popularidade, como a Remington e a Royal.

Considerando ainda que são máquinas antigas, com quase 80 anos, é difícil encontrar uma em ótimas condições de funcionamento, por isso, era um desejo antigo, que só pude concretizar com a ajuda de um amigo colecionador, que me cedeu um dos seus exemplares, por um preço camarada.

Segundo ele, a máquina chegou das mãos do dono original, apenas com algumas marcas de uso, sem nunca ter sido restaurada. Os cromados estão, em sua maioria, com o brilho intacto, e o funcionamento está perfeito, escrevendo bem sem qualquer esforço.

Com ela, pude não só ter o prazer de possuir um exemplar de cada Studio fabricada pela Olivetti, mas também me fez admirar, ainda mais, a saga iniciada pelo engenheiro Camilo que, em 1908, resolveu criar o que, para a maioria, parecia impossível.

Luciano Toriello - 01.11.2015
Escrito com uma Olivetti Studio 42 


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A linha Studio da Olivetti



A Olivetti produziu, até a década de 1930, apenas máquinas de mesa, enquanto a concorrência já mantinha as linhas de montagem ocupadas com máquinas menores, voltadas para o uso pessoal.

Fabricada em Ivrea, Itália, importada por Tecnogeral S.A.
Até que, em 1932, foi lançada a Olivetti MP1 (Modello Portatile 1), mais conhecida como Ico e, em 1935, apresentou a Olivetti Studio 42, com tamanho intermediário, ou seja, menor que o modelo de mesa e maior que o portátil, para atender aos escritores que precisavam de leveza e praticidade, mas não queriam abrir mão do conforto de escrever em uma máquina grande.

Em toda a existência da empresa, a Olivetti criou apenas 4 modelos de Olivetti Studio, primeiro a 42, seguida da 44, 45 e, finalmente, a 46, permanecendo um mistério o fato de nunca ter existido um modelo Studio 43.

Também é curioso o fato de a Studio 42 ser a menor delas, derivada da portátil MP1, enquanto as demais são maiores, criadas a partir dos modelos de mesa, como a Studio 44, que segue os padrões mecânicos da Lexikon 80, a Studio 45, próxima da Linea 88, e a Studio 46, parecida com a Linea 98, que foi a última máquina manual da marca italiana, voltada para o uso profissional.


A MP1 permaneceu única na linha de portáteis, sucedida pelas máquinas da linha Lettera, primeiro a cultuada Lettera 22, na década de 1950, que deu lugar à Lettera 32, a partir de 1963. Outras versões de portáteis Lettera foram lançadas posteriormente, sem o mesmo reconhecimento dos primeiros modelos.

Nos próximos dias, vou apresentar a minha coleção de Olivetti Studio, seguindo a ordem em que elas foram adquiridas. Após uma pequena descrição das características de cada modelo, vou narrar como as máquinas chegaram em minhas mãos.

Luciano Toriello - 31.10.2015
Escrito com uma Olivetti Lexikon 80

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Como cuidar bem de uma máquina de escrever - 9










9. As máquinas de escrever têm uma tendência de escorregar lateralmente, com o movimento do retorno do carro, atrapalhando a datilografia.

Isso acontece mais com as máquinas portáteis, mais leves, que têm os pés de borracha já ressecados e sem aderência.

Em uma das cenas do filme 'A Datilógrafa' (Populaire, 2012), uma das candidatas ao prêmio de datilógrafa mais rápida chega a usar um grampo sargento para segurar sua máquina. Um exagero, claro, para dar um tom de humor.

Para estabilizar a máquina, basta usar um pedaço de borracha antiderrapante sobre a mesa, colocado como um tapete. Custa pouco e pode ser encontrado com facilidade nas casas especializadas em borracha.

Você pode cortar um pedaço que seja um pouco maior que a área da base da sua máquina, para ser usado e guardado junto com ela, ou cobrir a mesa toda com a borracha, protegendo também o tampo de riscos, tão comuns ao ambiente de trabalho.



Luciano Toriello - 12/10/2015
Escrito com uma Olivetti Studio 42