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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Olivetti Studio 46


 A Studio 46 marcou o fim da linha Studio, com o modelo sendo fabricado de 1976 até meados da década de 1990.

Apesar de a mecânica ser muito parecida com a sua antecessora, diferencia-se fundamentalmente pelo tamanho maior, capaz de escrever em uma folha A4 colocada na posição horizontal, e com um teclado confortável, com teclas largas
Largura do carro aceita uma folha A4 na posição horizontal

Tem uma carenagem em alumínio fundido, do mesmo tipo que cobre sua irmã maior, a profissional Linea 98, que também empresta o botão largo, colocado no lado direito da barra de espaço, que permite avançar gradualmente com o carro, de forma mais rápida, sendo útil para o preenchimento de informações e planilhas.

Teclado é confortável, mas tem uma tendência a amarelar

Foi oferecida em dois padrões de cores, azul e branco com base marrom, ambos com teclado branco, que tende a ficar amarelado com o tempo, talvez por não possuir uma bolsa ou capa protetora resistente.

Em outros países, era possível comprar o mesmo modelo com a carenagem em plástico, com preço menor.

Ainda que apareça em alguns programas de TV e comerciais, procure por "soluções digitais" no canal do Banco do Brasil no YouTube, não é considerada uma máquina rara e nem está entre os modelos escolhidos pelos museus de arte moderna para representar seu projetista, mas é uma ótima opção para quem pretende ter uma ótima máquina de escrever para o dia a dia.
Alavanca de retorno em plástico indica a preocupação
com a redução de custos, com menor qualidade
A minha Studio 46

Branca com base marrom, minha Studio 46 me chegou totalmente coberta de poeira, com o funcionamento comprometido, já que as teclas ficavam impedidas de executar o movimento dos tipos. A sujeira também impedia o carro de movimentar-se corretamente.

Mais de 100 colunas em tamanho normal de fonte,
indica que a máquina é capaz de escrever tabelas
em uma folha A4 colocada na posição horizontal
Isso porque pertencia a um empresário que a mantinha como objeto de enfeite da sua sala de estar, em uma casa de alto padrão em um condomínio luxuoso. Ajudava a formar, junto com algumas câmeras fotográficas antigas e uma caixa registradora em estilo Art Déco, uma coleção de gosto questionável, porque não havia qualquer preocupação histórica e, muito menos, coerência, além da obsolescência tecnológica.

Segundo ele, a máquina havia pertencido a uma tia distante, que trabalhava como tradutora. Acabou abandonada, não a tia, mas a máquina, depois que um computador assumiu o seu lugar.

Para mim, foi a oportunidade para aprender a desmontar e limpar uma máquina de escrever, depois de uma longa pesquisa em sites estrangeiros, a fim de encontrar dicas para executar o serviço e não estragá-la.

Com o uso, passei a gostar ainda mais da linha Studio, Tanto que ainda tenho vontade de ter uma azul, para formar um par, mas devidamente cobertas, longe da poeira.

Luciano Toriello - 31.10.2015
Escrito com uma Olivetti Studio 46

Veja a Studio 46 na peça publicitária do Banco do Brasil










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