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sábado, 3 de outubro de 2015

Como cuidar bem de uma máquina de escrever - 5


Coleção de fitas de máquinas de escrever de Ronaldo Oliveira


5. Troque a fita - acredite, ainda há vários fabricantes que produzem fitas para máquinas de escrever, por um décimo do custo do cartucho mais barato de uma impressora. Certamente há um armarinho perto de você que ainda vende o produto, basta chegar no balcão e perguntar bem alto, para todo mundo ouvir: - Você tem fita para máquina de escrever? - estou certo que receberá um sorriso em troca, mesmo que não tenha o produto.
As fitas são encontradas em dois tipos, preto e vermelho e apenas preto, para quem dispensa a segunda cor e pensa na economia, porque pode ser virada para alcançar o dobro do rendimento.
O mais comum é o padrão Olivetti, em que a fita acompanha um carretel plástico padronizado para encaixar nesse tipo de sistema, diferente do Remington Rand, em que a fita vem enrolada em um suporte plástico pronto para ser encaixado nas máquinas da marca.

Da esquerda para a direita, padrão Remington Rand, Olivetti preto e Olivetti preto e vermelho

Mas o que muda é apenas o suporte. Ambas têm a medida 13mm X 9m, podendo ser rebobinadas nos cartuchos originais da máquina.
Sempre dou preferência pelos carretéis originais e opto por trocar a fita. Os antigos, mesmo de plástico, costumam ter o gancho de metal, que facilita a fixação da fita, enquanto os novos são visivelmente frágeis.
Não se preocupe com os dedos sujos de tinta porque a sujeira sai com água e sabão. Apenas tome cuidado para não sujar a máquina.

De tão bonitas, as antigas latas são objetos de desejo dos colecionadores. A Old Town Hermetic nunca foi aberta

Pouca gente sabe ou se recorda que antigamente as fitas vinham em latas decoradas como obras de arte. A maioria era importada, mas havia as nacionais, como Helios e Pelikan.
Essas embalagens são bastante raras e se tornaram objeto de desejo dos colecionadores, chegando a alcançar valores astronômicos, acima de 1 mil dólares.

A decoração das latas de fitas buscava agradar ao público feminino da época, na sua maioria formado pelas secretárias e datilógrafas


Hoje, pude ver a coleção de fitas de Ronaldo Oliveira, o maior especialista em máquinas que conheço, e aproveitei para tirar algumas fotos para o Texto Batido. Aproveitem, são bem raras.

Luciano Toriello - 03.10.2015
Escrito com uma Facit TP1

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